segunda-feira, 20 de junho de 2011

No ponto

O ponto, denominação, esta, que pode sinalizar o começo ou o final de alguma coisa (ponto inicial/ponto final), também pode grifar um momento marcante (meio) de um evento em andamento: o ponto crucial. Geralmente tentamos empurrar qualquer um dos pontos para adiante – evidentemente por medo, mas muitas vezes não nos damos conta de em qual ponta da linha estamos e por isso deixamos de aproveitá-los um a um.

Estéticamente a palavra não difunde um sentido lógico e muito menos emocional, tal qual “amor”, “paixão” e “tesão”, mas todo casal vivencia-os – aos pontos me refiro. Do inicio inesperado e surpreendente, ao final distante e inimaginável, sem nunca deixar de passar pelo meio e todos os seus eventos cruciais e esplendorosos, qualquer relacionamento saudável entre duas ou mais pessoas (por que não?!?) possui seus pontos perfeitamente demarcados e delineados. Quando contamos sobre a história de um casal, por exemplo - não necessariamente da forma que expressarei, mas praticamente, a citamos assim: conheceram-se, se apaixonaram, flertaram, se conquistaram, se relacionaram, namoraram, se declararam e casaram. Planejaram, tiveram filhos, o tempo passou, enjoaram, não agüentaram e se separaram. Nota-se aí claramente a presença de “pontos iniciais” e de “pontos finais”, mas e o X da questão, o enigmático “ponto do meio”?

A dificuldade do ser humano em admitir seus anseios e expressar seus sentimentos possui motivações incertas e complexas demais para serem afirmadas, visto que cada um pensa à sua maneira e que uma mesma pessoa confrontada de maneiras aleatórias oferecerá respostas diferentes a uma mesma questão. Dubiedade e dualidade de opiniões expostas diante os mesmos fatos; pluralidade.

O caminho percorrido peloS “pontoS do meio” é exponencialmente diferente do incial e final, exatamente por não ser algo único e imutável, mas sim por tratar-se da metamorfose constante desses e milhares de outros estados. “Tudo que passou, passou e o que tiver que ser será...” BAAAAITA FRASE! E ela expressa exatamente o que tento explanar: Tudo que vivermos a partir de certo ponto será apenas o prelúdio de um novo, bem como o “ponto final” de algo em andamento (um ponto do meio) será simples e exatamente isso: mais um ponto. Ou seja: por mais confuso que pareça não existem finais, pois estes se fundem com novos inícios, conseqüentemente novos meios, e sendo assim, o “ponto final” de qualquer experiência que tivermos jamais existirá factualmente, mas apenas conceitual e temporalmente. Ãhn?!? (...)

Inicio, meio e fim: com isso eu apenas quero dizer que não devemos nos reprimir e evitar viver os pontos iniciais e “médios” por termos medo do “ponto final”. Quero difundir exatamente o contrário, pois filosofando a fundo veremos que um ponto final nunca será nada mais do que um novo inicio, donde se geram novos meios. E eis aí que aparece a graça da vida: Ciclos circunscritos e viciosos. Círculos cíclicos e apaixonantes... Tudo saindo do forno exatamente no ponto...

domingo, 29 de maio de 2011

Apenas mais um...

Sou apenas mais um narcisista extremamente arrogante, portador de prepotência descomunal e dono de um humor irritantemente ácido e bipolar.

Evidente intimista, leal confidente e notório despudorado nas horas vagas; inquieto, impaciente, implicante, reclamão e crítico na maior parte do tempo.

Adepto do bom uso das palavras, porém ciente de que todas elas não passam de meras definições taxativas e qualitativas, sei muito bem que - apesar de descreverem muito - nem mesmo todas elas são capazes de traduzir tudo.

Filósofo inato e diletante, com cultura e intelecto o suficiente para não acabar sendo mais um a cair no poço de hipocrisias, lanço mão de diversas idéias não só a quem possa interessar, mas também a quem possa detestar.

Você pode até não gostar do meu jeito - e provavelmente nem goste - mas quando for parar para refletir e pesar qualidades e defeitos, apenas lembre de se questionar: mais vale um arrogante SINCERO, ou um FALSO modesto?

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Indelicadeza

Não costumo escrever poemas, mas sim letras de música. Rimas, enfim... E isso porque acho poemas coisas muito fáceis e singelas, contudo - as vezes - dá vontade de se expressar através de um básico e não por isso menos entranhado poeminha. Aí vai:


Eu sou um eterno frustrado/
Um eterno iludido/
Um constante fiasco/
Um respirante fudido/

Eu sou um fruto das circunstâncias/
Sou manipulado pelas situações/
Eu não consigo fugir/
Eu não consigo fingir, independente das recomendações/

Eu sou a árvore que rende safras/
Safras, tão somente em anos bissextos/
Eu sou a maldita semente que cai no solo/
E no solo que cai, rola cometendo incestos/

Eu sou o vento que sopra o odor fétido das impurezas/
Eu sou o ar gélido da natureza/
Sou incapaz de mudar o futuro/
Pois os traumas do passado me fizeram um corte profundo/
Portanto não me cobre presentes pelas indelicadezas/

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Fidelidade Feminina

Mulheres são fiéis. Oh, céus, são sim! E como são... Por favor, não caia da cadeira em gargalhadas, é um assunto sério... Digo mais: é sério e extremamente relevante. Alguém neste instante deve estar pensando: “-Lá vem um textinho de corno!”, mas eu os advirto que assim como muitos de vocês eu nunca fui traído. Bom, pelo menos não que eu saiba, hehe. Se bem que teve aquela vez em que... Melhor deixar pra lá e voltar ao assunto.

Sei que afirmar que as mulheres são fiéis, para alguns não passa de uma constatação mundana e leviana, livre de qualquer embasamento científico. Mas não é. O fato é que realmente as mulheres são extremamente fiéis a... A... Não sei... Mas de uma coisa eu sei: amigas e companheiros não são efetivamente acariciados por toda sua fidelidade. Mas ao que são fiéis então? Vou chutar: Será que as mulheres são fiéis a sei lá... Seus pares de sapatos? Ou a seus lindos vestidos? Aposto que você não sabe ao que as mulheres são tão fiéis...

Sabe?

Não sabe?

Tá bom, ta bom, eu conto! Mas primeiro dissecarei o motivo desde as entranhas.

Somos acostumados a escutar sempre aquela mesma baboseira: “As mulheres são de Vênus e os homens são de Marte...”. Todas as mulheres que conheci até hoje, a saber, são da Terra e, bem, os homens que conheço também são terráqueos, muito embora ao longo da vida eu tenha conhecido cada criatura mais estranha que cheguei a arquear as sobrancelhas de dúvida. Mas ora, pois então, de onde surgiu tal expressão? Ah, já sei... Foi das tantas e catastróficas diferenças entre um gênero e outro! (Putz, que constatação mais criativa! Aplausos, por favor...) Mas mesmo sendo o mundo feminino tão diferente do masculino, porque não situá-los em um mesmo patamar? Por que não inseri-los dentro de parâmetros idênticos? Direitos iguais, não são o que vocês sempre clamam meninas!?!

Mas não! Não, não, não! Não irei cair nessa ladainha de separar os dois universos só para não parecer machista. Quem me conhece bem, sabe que sou machista mesmo e, portanto, vou falar de fidelidade situando-a bem no meio de algo comum a ambos os sexos. Algo que ambos tem, ambos nutrem. Algo que ao mesmo tempo é igual e também diferente para os dois gêneros: a amizade. Alguém vai se/me perguntar:

- Fidelidade e amizade, o que uma coisa tem a ver com a outra?

Tudo seu anencéfalo! Tudo!

Aí uma moça ingênua pergunta:

- Por que, vai dizer agora que as mulheres não são amigas sinceras? E minhas amigas, são o que então?

Sim! Ou melhor, não! Digo, sim... Não são... Mais pra frente explico, mas saiba de antemão que a presença de lealdade em uma amizade é o que determina a existência ou não de fidelidade em qualquer outro tipo de relacionamento. Quer ver?

Homens: Suponhamos que um de seus melhores amigos tenha acabado com a namorada de três anos e meio e, suponhamos, que você seja esperto (sic). Sendo astuto e perspicaz, você sabe bem como são os homens e não só o seu amigo e, se você sabe isso, também deve saber que nós - o gênero masculino - somos todos um bando de territorialistas selvagens. Homens delimitam e defendem com unhas e dentes seu território, ou para melhor contextualização, delimitam também suas fêmeas - no caso mulheres... Faz parte da essência masculina pegar algo da prateleira e dizer batendo no peito: “- É meu!”, on know?

Vejamos a situação:

Passado um tempo ínfimo desde o término da relação, de repente a ex-namorada do seu amigo surge e não te diz “oi!”, mas sim um sonoro e resplandecente “oieeeeee!”. Um oi com seis “ês”. 6-es! Um oi mais demorado, portanto... Saudações mais demoradas são geralmente cumprimentos contundentes, malevolentes, insinuantes, incitantes e mais: flamejantes. Mulheres são proeminentemente inflamantes e, quando são assim, são primorosamente promíscuas. Meodeos!?! O que fazer? Você pensa nas curvas acaloradas e exultantes da ex-namorada do seu amigo, no sorriso brilhante pronunciando aquele oi quase pecaminoso. As chamas do desejo dançam de um lado para o outro na sua frente. Te provocando, gerando calor... Você vacila, não sabe o que fazer, olha pros lados, procura ajuda e o suor escorre por sua testa enquanto num cantinho recôndito de seu desvairado cérebro você imagina coisas.

Hummmm... Coisas...

Fumaça!

Então seu consciente funciona como um sensor de incêndio e te avisa evitando que você invada o território alheio e se queime. Aliás, faz mais que isso. Como um verdadeiro centro militar, sua consciência funciona como dezenas de mainframes de última geração, fazendo cálculos e mais cálculos, gerando probabilidades quase infinitas a fim de montar estratégias e te informar que o território em questão trata-se de um terreno desconfortavelmente familiar e por isso mesmo mais perigoso do que qualquer território desconhecido. Um local que foi habitado durante certo tempo por alguém querido e que você sabe muito bem que com todo esse tempo gerou apego. Você talvez não saiba, mas seu subconsciente informa a seu consciente que o apego gera sentimento e que sentimento gera sensação de posse, que gera ciúmes, que gera rancor, que gera raiva, que gera brigas, que gera rupturas, que gera guerras Ponto. Pronto.

(...)

Se o amigo em questão for realmente um bom amigo, você agradece ao alarme de incêndio por ter disparado antes de se queimar e retribui a saudação com um singelo e refrigerado “oi” - com o aval da libertinagem literária - como só mesmo um extintor de incêndio poderia dizer. Ou então você deixa o calor emergir e se refestela ardentemente com a moça. Mas não importa qual seja a sua escolha, se tratando da ex de um bom amigo, é claro que em seguida você contará tudo para ele. Independente da dor que causará...

Mulheres: Suponhamos que a sua melhor amiga foi deixada pelo namorado crápula de três anos e meio e está chorando incansavelmente. Você está lá, em meio ao rio de lágrimas, dando conselhos e ouvindo ela falar: “- Miga, preciso desabafar... Vou te contar tuuuuudo sobre meu ex!”. Você ouviu bem e notou que o “tudo” que ela falou foi pronunciado com cinco “us”. Logicamente seu cérebro capta a mensagem e você se prepara, pois sua “best”, quando pronuncia “tuuuuudo”, realmente vai contar TUDO. O que sugere que virão relatos profundos, portanto. Você escuta, finge estar do lado dela, mas não está. Até chora junto e fala mal de todos os homens da face da terra, mas isso não é o que você realmente pensa.

Talvez você até não saiba; provavelmente não admita, mas mulheres são invejosas por natureza e toda essa inveja gera uma ânsia por competição. Não se sinta mal, até sua mãe é assim, pois as mulheres estão fadadas a competirem umas com as outras.

Competição não só sugere, como também gera disputa, que por sua vez gera infantilidade, que gera mesquinharia, que gera falsidade, que gera cinismo, que gera picuinha, que gera intriga, que gera puxões de cabelo.
Você sabe que nessa “amizadezinha” de vocês duas nunca existiu admiração, mas sim inveja, e quando você parou para pensar e percebeu que o ex dela é bastante interessante, nossa... Em um estalar de dedos já estava arrumando uma desculpa para ir embora. E foi.

Minutos atrás, você estava abraçada com ela, lhe prometendo que nunca mais a deixaria sofrer por ninguém, mas agora quem vai fazê-la sofrer é você! Sim! Agora que ela está por baixo você pode mostrar pra ela e provar para si mesma que é a melhor, virar o jogo de vez e fazer com que ela sinta inveja de você!

Isso!

É isso que todas as mulheres querem. Que todas as outras mulheres lhe olhem e sintam inveja, seja lá pelo que for... Você acha sua amiga uma fracassada e vê-la em tal situação te faz bem. Muito bem... Você não percebe, mas aos poucos sua auto-estima aumenta e você ao invés de dar conselhos coloca sua amiga cada vez mais pra baixo. É isso mesmo! Você quer se sentir poderosa e, para tanto faz o que? O golpe fatal: Rouba o tal do ex-namorado dela e canta aos quatro ventos a atrocidade que fez, pois, afinal de contas, para você não foi nenhum crime e no último pingo de consciência que te resta a mensagem imaculada ecoa: “Eles já não estavam mais juntos, que mal tem?”. Agora ele virou seu troféu. Você perde a amiga, mas ganha uma inimiga e, convenhamos meninas, vocês adoram inimizades.


O que você entende por fidelidade?

Será preciso dizer mais alguma coisa???

Ah claro, já ia esquecendo... Mulheres são fiéis. Sim! Mas apenas as suas convicções, nada mais! E é devido a estas mesmas convicções - voláteis e volúveis, diga-se – que não conseguem ser fiéis nem mesmo a um simples par de sapatos. E meu amigo, quando uma mulher entra em uma loja de calçados... Bem, você sabe... Ela se torna uma incomparável, inenarrável, condenável e incontrolável infiél.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Aparentar X Ser (A propaganda funciona)

Ninguém gosta de quem não gosta de si mesmo. As pessoas pensam: “Se ele que é ele, que se conhece desde que nasceu, que convive com a pessoa dele todos os dias e o dia inteiro, que conhece o seu passado de memória, se ele não gosta dele, por que eu, que não disponho dessas informações, vou gostar?”

Mas também acontece o contrário: alguém que gosta muitíssimo de si mesmo influencia as outras pessoas a seu favor. Observe um respirante qualquer que seja muito confiante, que seja seguro de si. Um desses que estão sempre se elogiando. Os outros olham para ele e pensam: deve haver algum motivo para toda essa presunção. Não é possível alguém se amar tanto, se não tiver nada de especial. É mais ou menos como aquela velha história de enxergar seus próprios defeitos antes de criticar os de outra pessoa, só que neste caso, você enxerga suas qualidades e as exalta, mesmo que aos olhos dos que não compreendem esta filosofia, você não passe de mais um arrogante. Narcisista. Egocêntrico. Otimismo e autovalorização, eis duas ótimas atitudes para se ter.

Existe uma vertiginosa diferença entre o APARENTAR e o SER. Veja bem, muitas vezes somos taxados e lembrados por características que parecemos ter, mas que não temos, bem como surpreendemos certas pessoas - positiva ou negativamente - devido a sermos bem diferentes daquilo que aparentamos. Uma espécie de propaganda enganosa, na esmagadora maioria das vezes, involuntária, mas que de qualquer forma representa um de nossos outdoors.

É natural que cada vez mais as pessoas queiram o “instantâneo” e o “momentâneo”, pois já não dispõem mais de tanto tempo e/ou interesse para gastar conhecendo alguém de forma menos rasa. Portanto não ache que o egocentrismo e o narcisismo sejam apenas excessos de vaidade. Não são. Tanto um quanto o outro, e até mesmo a arrogância e a prepotência, são soluções viáveis para a crescente “futilização” de uma população que, cada vez mais, só enxerga o aparente, esquecendo-se da essência. A menos que você seja um “socio-quista” (pessoa psicologicamente perturbada que sente prazer em se auto-desgrenhar) que gosta de se denegrir e sente-se bem sendo a escória, você com certeza gosta, ou ao menos prefere, que todos saibam quem você realmente é, no que você é bom, quais são seus predicados. Ou não?

Todos nós, sem exceções, pensamos não só sobre o que, mas também porque os outros pensam a nosso respeito. “Será que me vêem assim? Será que me vêem assado? Será que alguém lembra de mim quando se depara com uma burrice?!? Será que ela(e) sabe como sou realmente??? Será que meu chefe me acha competente???” Todos pensamos nisso, de diferentes formas, mas pensamos... Você não? Então você não pensa nisso? Hum... Ah! Já sei! Está tentando transparecer a imagem de um produto alternativo, querendo atingir um público bem específico, deixando de lado as grandes massas e modismos, não é? Tudo bem, você no fundo sabe que está se iludindo e fazendo uma propaganda fraudulenta ao afirmar para todos, inclusive a si mesmo, que não concorda...

Mostrar o que há de bom em você, explicitar de forma sincera a pessoa que você é, sem fantasiar ou tentar enganar, isso não é egocentrismo ou “umbiguismo” (egoísmo), é autoconhecimento. É o princípio da propaganda. Tudo precisa de equilíbrio e, logicamente, exagerar e “forçar” atributos não é bem uma publicidade positiva. Assim como permitir que somente a embalagem divulgue e delimite o “produto” diante seu público, não se estimar, ou melhor - não se valorizar – também é uma negligência inerente àqueles que não conhecem nem o próprio umbigo.

O que credencia alguém que não conhece nem a si mesmo, criticar e julgar aqueles que se conhecem tão bem, mas tão bem, a ponto de permitirem que outros também lhes conheçam de verdade?!?

Conheça-se, estime-se, valorize-se, ame-se. Divulgue-se. A propaganda funciona...


(Primeiro parágrafo e algumas linhas retiradas de “A propaganda funciona” de David Coimbra, texto que serviu de forma excepcional como base para as hipóteses deste escriba...)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

"Qualidades"

Sou a pessoa com mais defeitos que existe. Pelo menos dentre as que conheço. Possuo um gênio difícil; as vezes invasivo, as vezes arredio; portanto, quando lhe visitar, não estranhe ao me ver abrindo sua geladeira enquanto lhe comunico que estou indo embora em meio àquela conversa, levando comigo parte de seu jantar...

Gosto sempre de falar que sou sincero, mas sempre que falo soa pretensioso - outro defeito inerente e cabível a meu sujeito - por isso pode se basear na opinião das pessoas com as quais convivo, certamente ouvirá reclamações e exclamações sobre como digo coisas amargas e desconfortáveis. Presunções nuas e cruas. Mas nada demais, pois apesar de ser chato e extremamente crítico, puxa vida, sempre sou genuinamente honesto deixando de lado elogios falsos que só levam as pessoas a acreditar – naquele momento - em qualidades inexistentes, sendo que futuramente se decepcionarão diante os fatos e tombos. Lógico que não deixo de tecer elogios a qualquer qualidade que realmente exista, mas ainda acho melhor não falar nada somente para agradar/enganar. O elefante a sala retorna...

Não sou bom guardador de segredos, se realmente deseja que um assunto permaneça confinado no vácuo eterno, não me conte! Mais cedo ou mais tarde aquela sensação de que estou enganando alguém vem à tona e antes que eu perceba a agonia já me fez falar o que não devia. Tudo bem... Pode contar... Como sou egoísta e só falo sobre o que me diz respeito, logo se a sua história não me envolver, meu egocentrismo a deixará de lado, afugentando-a no ostracismo de minha memória, já que os fatos contidos não me trarão satisfação alguma em propagá-los.

Pode parecer arrogância, mas juro que tento ser mais humilde, contudo, mesmo em situações em que faço o possível a fim de não transparecer ser mais um idiota metido a prepotente, assim sou taxado. Talvez seja porque falo demais e muito alto. Ou então, vai ver, é todo aquele lance da dita honestidade e, convenhamos, mentir sobre você mesmo, definitivamente é o mesmo que tentar enganar a imagem que você enxerga refletida em seu espelho.

Não me considero um bom amigo, muitas vezes solto ironias ácidas e corrosivas combinadas a verdades dolorosas. Sou um bom ouvinte é verdade, mas o foco sempre será propagar minhas opiniões, logo, se você me procurar para desabafar, conseqüentemente escutará alguns conselhos em forma de sermões e dissertações comportamentais a seu respeito...

Fato 1: Se nunca falei ou fiz nada que te magoou, é porque não gosto de você. Se possivelmente gosto de você e ainda não te magoei, note o destaque dado para a palavra “ainda” na frase anterior.

Acho-me engraçado, uma pena que ninguém além de mim consiga entender minhas piadas, cheias de referências refinadas e recônditas. Mas fazer o que? Não é culpa minha, o problema é dos outros, sempre tento não subestimá-los, mas a cada dia me convenço mais sobre o grau de acerto de minha tese que afirma - não devemos superestimar as pessoas. Subestimar geralmente traz surpresas positivas, afinal, subestimando de forma neutra não esperamos nada. Não sei se a palavra expressa exatamente o que quero dizer, pois conota desdenho e não falta de expectativa. De qualquer forma, sim, superestimar gera decepções bastante negativas, já que você acaba dando valores e expectativas a coisas muitas vezes frustrantes.

Não gosto de discussões, pelo menos não de discussões infundadas e sem motivo ou objetivo. Mas se você tem alguma crítica ou sugestão, vamos lá! Pode arregaçar as mangas e iniciar a batalha! Se ao final das 2 horas de bate boca eu concordar com seu ponto de vista, meus parabéns! Críticas e sugestões aceitas. Do contrário cale a boca e escute. Aprenda a interpretar que nem tudo que é falado é literalmente aquilo que você, só você, entendeu. Cada um com suas conjunções cognitivas...

Penso que as ditas “qualidades” estão nos olhos de quem vê e que a mesma coisa que incomoda alguns deixa outros completamente confortáveis. Como a exposição, por exemplo. Geralmente ela é desconfortável, mas com a ideologia de que somente expondo nossos defeitos é que transparecemos um pouco do que realmente somos, a porra da exposição nada mais é do que uma cafetina armada e intimamente ligada a nossas vidas. É em função do medo despertado por ela que nos ditamos o que NÃO faremos. Não se iluda, ou tente iludir, dizendo que não leva em conta o que os outros pensam a seu respeito.

Péra, aí! Alguém há de me perguntar:
- Por quê falar mal de si mesmo, ressaltando seus defeitos ao invés das qualidades?

Respondo com antecedência:

Se eu falasse só de qualidades, tudo soaria desinteressante e robótico. Até mesmo patético. Em um mundo onde ninguém é perfeito e até mesmo os bons são ruins, logo, são nossos defeitos que nos fazem singulares. Únicos. Qualidades são todas predefinidas, chatas e tediosas. Sabemos quais qualidades queremos buscar, quais devemos cultivar. Defeitos não. Defeitos, por geralmente serem ocultos, possuem toda a adrenalina gerada pelo suspense de não sabermos o que esperar. Imprevisíveis. Interessantes.

Fato 2: Não reprima seus defeitos, evolua e faça com que sejam maleáveis. Tornem-se qualidades.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Rotulado e...

Estigmatizado como preso às minhas opiniões, me sinto livre; estereotipado como complexo e subversivo, vejo a mim mesmo como simples e coeso.
Comunicador natural, seguro e autoconfiante, com pitadas carregadas de otimismo, não me desprendo da forma realista que tenho de enxergar as coisas.
Sou visto como arrogante, muito em causa de não encontrar problemas ao falar sobre mim, pois grito aos quatro ventos o que penso e anseio.
Sincero, honesto são adjetivos que à minha pessoa soam como sinônimos.
Podia falar de algo mais interessante - porém me enxergo como algo interessante e confiável - tão confiável a ponto de deixar que meu egocentrismo fale por mim, afinal, ninguém pode falar melhor sobre você do que alguém que realmente lhe conheça, e eu me conheço muito bem...
Obs: Definição nunca foi sinônimo de limitação...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Acasos?!?

Acredito que cada pequeno detalhe em nossas vidas é extremamente válido. Cada milésimo de segundo que desfrutamos dela. Sabe quando nos atrasamos para um compromisso, e neste meio tempo vivenciamos uma coisa, digamos, muito improvável e surpreendente? Pois é, será que foi por acaso? Ou será que já estava assim traçado?

Acredito que tudo que gira ao nosso redor, e nossa rotação ao redor de tudo, não só influencia como impulsiona os ditos "acontecimentos futuros". Raciocine...

Tudo é válido, todas as pessoas com as quais nos relacionamos mesmo que rapidamente, e aquelas com as quais convivemos longos períodos nos fazem de certa forma sermos quem somos. “O homem é fruto do meio em que vive”. Cada pessoa que cruza nosso caminho quando despretensiosamente andamos pela calçada nos fazem diferentes. Aquela pessoa que trocamos um simples e rápido olhar. Um vislumbrar tão rápido quanto o piscar de nossos olhos. Esta pessoa, querendo ou não, acabou de influenciar sua vida... Quem sabe você ficou tão distraída(o) pensando no magnetismo daquele olhar que tropeçou na calçada e perdeu a chance de conhecer o grande amor da sua vida. Sim! Estava ali logo em frente, e por ordem do destino – ou acaso - sentiria por você o mesmo que você por ela(e) e instantaneamente ambos seriam felizes para sempre...Ou então a própria dona dos olhos magnéticos fosse tal pessoa, mas devido às malditas dúvidas em sua mente, naquele momento você simplesmente preferiu dar ouvidos à insegurança e não arriscar, e ainda hoje tenta desesperadamente se esbarrar com ela novamente!?! Ok, chega de contos de fada.

Nada é por acaso, é tudo ocasionado pelo fato anterior...

Aqueles minutinhos perdidos em meio a uma conversa - com aquela pessoa chata que você detesta - podem ter sido cruciais para evitar que nestes mesmos minutos uma tragédia irreparável tivesse acontecido com você! Agradeça as conversas chatas...( ’ ) Agora se você acha que foi por acaso que aquele carro, naquele dia chuvoso, te deu um banho de lama, tente imaginar que na próxima vez você estará consciente do risco, e vai se precaver evitando uma reprise. Claro que esse não é o melhor exemplo do mundo, mas só estou sugerindo que com nossos destinos seja dessa forma! E que sim podemos mudá-los! Existem coisas pré-estabelecidas e outras que acredite, podemos fazer diferente do que aparentemente somos obrigados a fazer. Podemos aprender com as pequenas e imperceptíveis coisas, com os mais ínfimos erros, e com todo esse aprendizado estaremos preparados para as grandes mudanças que podemos impulsionar em nossas vidas. Sejam elas boas ou ruins...

Por isso eu acredito que nada seja por acaso, pois o acaso de agora vai ocasionar um seguimento diferente adiante, fazendo assim com o que antes parecia azar se transforme em sorte e vice-versa. Mas vai saber...



“Nunca subestime o poder de suas ações. Com um pequeno gesto você pode mudar a vida de uma pessoa. Para melhor ou para pior...”

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Amor X Sinceridade

Amor e excesso de sinceridade não combinam. Todo e qualquer relacionamento amoroso em que uma das partes sempre fala a verdade não dá certo. Ora, mas não deveria ser ao contrário, com as partes envolvidas sendo extremamente verdadeiras em nome do amor?!? Até deveria...Mas na prática, o que vemos são pessoas que não conseguem conviver com a sinceridade absoluta. Alguém há de se perguntar de onde eu tirei isso...Respondo: Experiência própria e muita prática na maldição de ser sincero. Acredite, isso só atrapalha a vida de uma, digo duas pessoas.

Ah quem dera a vida fosse um mar de rosas e todos nós falássemos a verdade uns para os outros. Mais que isso, que todos gostássemos de ouvir a verdade. Se cada relacionamento entre um casal fosse concebido na base do diálogo sincero, veríamos muito mais pessoas felizes e realizadas sentimentalmente, ao invés de psicólogos e psiquiatras cheios de pacientes a espera de uma “palavra solucionadora” e receitas médicas para comprarem cartelas e mais cartelas de Fluoxetina e Prozac.

É complicado dissecar as razões que um ser humano tem para não gostar de ouvir a verdade. Uma coisa é certa, ser sincero com a pessoa amada não é um bom caminho, visto que as pessoas preferem se iludir com adjetivos e elogios falsos a ter que encarar os fatos. Frases do tipo: - Olha amor, que calça bonita aquela moça usa, ficaria legal em você! São ouvidas da seguinte forma: - Olha que gostosa! O que eu quero com você do meu lado, enquanto aquela torta desfila sozinha?!?

Por melhor que venha a ser, sua intenção não surte o efeito esperado. Pelo contrário, boas intenções minam a relação. Dúvida? Não adianta você pedir para a pessoa mudar um comportamento que atrapalha o relacionamento a dois, se na cabeça dessa pessoa, você está dizendo: - Estou insatisfeito com você. Você é um verme parasita. Está atrasando minha vida, porque não me deixa de uma vez?
Mas que merda hein?!? A pessoa não consegue digerir o que foi dito e se ofende, não percebendo que você estava apenas dizendo de forma literal: - Poxa, chega desse ciúmes doentio, isso está nos afetando como casal, essas brigas desnecessárias só nos trazem stress e desconforto! Vamos parar com isso e ter atitudes adultas antes que isso nos leve ao fim do relacionamento!!!

A verdade é ouvida sempre da maneira que a pessoa estiver disposta e propensa a ouvir. É. Infelizmente é. Frases totalmente sem maldade e que apenas demonstram seu apego pela pessoa - pois nitidamente servem como incentivo para que mudem ou melhorem algum aspecto negativo - são tomadas como facadas no coração e até mesmo falta de sentimento. Por mais sentimento que exista em suas palavras... É por isso que as pessoas preferem ouvir mentiras.

- Não amor, está tudo bem, eu sei que errei, você está coberta(o) de razão! Desculpe-me, isso nunca se repetirá!
Isso é um exemplo de como obter sucesso ao se desculpar com seu(ua) parceiro(a). Agora sinceramente, diga a você mesmo(a), será que a médio ou longo prazo, deixar de evidenciar o que realmente está errado para admitir falhas que não são suas, terá algum efeito? Logicamente não! Foi apenas um tiro no pé! Pois a parte envolvida que ouve uma mentira agradável, fica acostumada e crê que aquelas mentiras sejam verdades, não enxergando seus próprios erros, sendo assim, quem prefere ponderar e acobertar as falhas do outro, sempre será o lado errado da história. E se você for uma dessas pessoas, acostume-se, pois nunca terá um argumento convincente o bastante para rebater os que estão contra você.

On Know, chegamos ao ponto em que se é possível dividir opiniões. Mentir ou falar a verdade? Eis a questão... Acho que a resposta varia para cada um, pois depende de suas motivações. Se você ama uma pessoa, não quer perdê-la de forma alguma, mas cometeu uma cagada irreparável e imperdoável, minta. Assim você evitará – ao menos, a curto prazo – um trágico fim. Agora se você ama uma pessoa, não quer perdê-la de forma alguma, mas cometeu uma cagada irreparável e igualmente imperdoável, fale a verdade. Estranho, não é? É, mas se um dia a humanidade - ou ao menos a pessoa em questão - se conscientizar que ser verdadeiro no amor, ou, seja lá em qual ramificação de sua vida for, é o que há de melhor a se fazer, poderá a longo prazo transformar aquela opinião trágica do inicio em uma boa coisa pra se levar pra vida no...FIM! Mas não se iluda, pois a vida não é como as retratadas em novelas, e ninguém perdoa atitudes irreparáveis...

Extremamente delicado tratar de um assunto cheio de dubiedades e contrariedades, mas a realidade é que por pior que seja, falar a verdade no final das contas sempre será o caminho mais correto (e digno) a se escolher, embora seja o mais difícil. Mentir para si mesmo e para os outros, em dado momento, não só consumirá sua consciência, como também a sua moral e credibilidade perante qualquer pessoa que for perspicaz o bastante para enxergar o que há por trás de sua máscara. Máscaras caem. Respeito, consideração e sinceridade não, esses perduram. Admiração e o amor aparecem. Quando o respeito, a consideração e a sinceridade se desmantelam, a admiração e o amor simplesmente desaparecem. Caem. Desvanecem...Esvaem-se...

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Um pouco sobre mim

Quem se define, se limita? Discordo categóricamente. Ao meu ver quem se define ao invés de se limitar, abre um leque de possibilidades infindáveis quanto a si mesmo. Somos seres em constante mudança. Para mudar pra melhor é necessário saber o que não está bom, portanto auto-conhecimento é uma ótima filosofia, e quem conhece a si mesmo, sabe muito bem como se definir...

Não só me considero, como também sou visto por quem realmente me conhece, como um cara honesto e sincero em demasia, o que acredite é um pesado fardo a ser carregado, pois mais atrapalha do que ajuda. Pouquíssima gente sabe apreciar estas “qualidades”, mesmo aquelas que dizem gostar, no fundo, no fundo não gostam. As pessoas preferem se iludir com mentiras agradáveis a ter que conviver com a realidade que pessoas chatas, reclamonas e por vezes impertinentes como eu insistem em trazer a tona. Mas aprendemos a lidar com isso.

Hoje sou mais esperto em relação a certas coisas, e com os olhos mais abertos depois de algumas rasteiras que a vida insistiu em me dar quando estava cego, aprendi que nem tudo é do jeito e no momento que quero. Amadurecido, usando tanto as coisas boas, quanto as ruins como aprendizado, percebo o quanto já errei e o quanto já erraram comigo. Errar está na essência de nossa espécie, todos nós erramos. A questão central aqui é que alguns são mais fortes e evoluídos, sendo assim, esses tentam corrigir suas falhas, independente do que os cercar; outros são meros escravos da influência alheia e com suas cabeças fracas, se tornam seres de fácil persuasão; e influências negativas existem aos montes e de todos os lados, apenas não enxergamos no momento certo...

Tenho absoluta fobia à gente falsa. Não sou anti-social, muito pelo contrário, contudo possuo a concepção de que quem muito tenta agradar a todos, com absoluta certeza é a pessoa mais falsa que nos cerca. Essas pessoas são o tipo de gente, que vem até você dizer que te adora, enquanto pelas suas costas trama coisas impensáveis para te prejudicar. Não acredita? Eu também não acreditava... Até tomar conhecimento de que algumas das pessoas pelas quais eu botava a mão no fogo, eram as que mais agiam de má fé comigo. De gente assim, acredito, ninguém faz questão da companhia.

Insistir nos mesmos erros enquanto nossa vida passa, sem tirar sequer uma lição de tudo que vivemos? Cuidado! Uma hora o arrependimento aparece e é tarde demais para correr atrás de cacos de vidro que já viraram pó. Ainda bem que esse não é meu caso, pois me julgo uma pessoa esclarecida em certos aspectos e embora tenha ainda muito a aprender, uma coisa certamente eu já aprendi: Nunca fazer algo do qual eu possa me arrepender. Como cheguei a tal conclusão? Refletindo! Fazendo da paciência, empatia e da compreensão minhas fiéis conselheiras. Ponderar antes de agir é a melhor forma de evitar arrependimentos. É definitivamente melhor pensar, analisando os fatos antes de agir, do que impulsivamente explodir e destruir as coisas de forma irreparável. Ah se é...

Pois bem, escrevi da forma que me sinto atualmente, não evidenciei todas as minhas características aqui apenas por questões ideológicas. Embora eu seja super egocêntrico e não tenha dificuldades ao falar sobre mim, estou aprendendo a lidar com o fato de que não estou no mundo para agradar ninguém, muito menos agir de forma bajulativa e falsa. Quem gosta, gosta porque enxerga quem eu sou! Quem não gosta, eu não preciso me dar ao trabalho de provar que estão errados dando motivos para que me amem. Acredito que não se deixar levar pelas aparências é uma ótima filosofia de vida, mas podem se enganar a vontade.

“Não me julgue pela sinopse, senão a melhor parte tu perde.”

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Arrependimento

Do que vale a vida senão for vivida!?! Digo bem vivida, aproveitada, explorada, descoberta, enfim: curtida. Se direcionarmos nossas vidas a viver da maneira que nos é imposta como correta com certeza não viveremos à nossa maneira, fazendo aquilo que queremos. Não é tudo que queremos, que podemos fazer, assim como também não é tudo que fazemos, o que queremos fazer...Mesmo assim fazemos...

A vida é feita de escolhas. Ok, sei que é uma frase de praxe, porém uma frase que de fato fala a verdade. Se a vida é feita de escolhas, então acertamos ou erramos ao fazê-las, certo? Acertando ou errando, a tendência é nos arrependermos, ou não...Se nos arrependemos fazendo certa coisa, nos arrependemos NÃO fazendo outra, então o que nos resta a não ser o maldito (ou bendito) arrependimento?!? Parábola infernal!

Geralmente o arrependimento é despertado pela frustração, essa por sua vez é muitas vezes causada por aquelas opiniões completamente opostas à sua, assim lhe fazendo ficar para baixo com críticas negativas quanto às suas decisões. Criticas quando construtivas auxiliam no que diz respeito a errarmos em nossas escolhas. As vezes cegados por um motivo qualquer não enxergamos os fatos com clareza e :BOOOOOM!!!!!Já era... A cagada já tá feita. Mas é complexo lidar bem com isso, pois se deixarmos opiniões divergentes decidirem por nossos anseios, não seremos nós mesmos! Mas como sabemos que o que mais existe nesse mundo são pessoas de cabeça fraca e de fácil persuasão...Ponto! Próximo parágrafo, por favor.

Não podemos dizer uns aos outros, o que podemos ou não fazer, pois o certo pra uns, é completamente errado para outros. O que nos cabe é usufruir de nosso Livre-arbítrio, decidindo nós mesmos quais serão nossas escolhas. Se nos arrependermos daqui a 20 anos pelo que fizemos hoje, acredito que a frustração deve ser deixada de lado, pois veja pelo lado bom, na época era o que você queria fazer, e se não tivesse feito com certeza no futuro estaria frustrado pelo que deixou de fazer no passado.!.!.!.Agora apenas uma ressalva. O arrependimento é uma coisa extremamente delicada e maleável, por mais contraditório que eu possa parecer lançando mão de opiniões opostas no mesmo parágrafo, uma decepção lhe fará arrepender-se de suas decisões menos sábias e impulsivas...Ah se vai...E as decepções nos fazem se arrepender muito, remetendo-nos as nossas queridas escolhas...Pense bem no que faz. Pense antes de fazer, pois ainda não possuímos fonte de energia suficiente para abrir um “buraco de minhoca” e voltar no tempo para desfazer nossas cagadas. Ufaa!

Da mesma forma que a física quântica, a vida é complicada e ninguém pode dizer o contrário, a menos que seja muy rico e con uno corazón gelado...Portanto finalizo com meu básico conceito de que o melhor é estar fudendo com sua vida aos olhos dos outros, tendo em sua sã consciência que está aproveitando o tempo que Deus te deu na terra curtindo o que a vida tem de bom -as vezes fudendo com a vida dos outros- e sem arrependimentos!!! Ou com muitos!?! Mas isso só o tempo irá te provar o contrário...

OBS : Não saia por aí fazendo o que bem entender contando com a criação de uma máquina do tempo para que possa consertar seus erros...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Decepções

A vida é feita de ilusões, nos deslumbramos e deixamo-nos levar pelo aparente, conseqüentemente curtindo vivê-las. Como seres errantes que somos, nos acomodamos, pensamos estar com tudo se encaminhando de maneira prática, vislumbrando um futuro feliz e garantido nas diversas ramificações de nossas vidas. Ledo engano infeliz. Quando tudo aparentemente vai bem eis que então acontece o pior: nos decepcionamos. As decepções são a principal forma de um ser humano evoluir. Esteja preparado para isso.

Quando uma decepção acontece não acreditamos no que está acontecendo, aos poucos vamos aceitando mesmo que sem vontade, até que a falta de opções em certas situações nos obrigue a aceitar os fatos. Aceitamos. Quando não há mais o que ser feito, desistimos. A desistência traz a tona uma sensação de impotência e então nos sentimos abatidos e nos culpamos por coisas que muitas vezes não foram causadas por nós. Não foram. Uma hora enxergamos isso. Demora, mas enxergamos. Quando enxergamos geralmente é tarde e daí sofremos novamente nos culpando por todo auto-flagelo que exercemos sem necessidade, percebemos que não precisávamos ter passado por todo aquele sofrimento à toa, já que agora com um “olhar mais esperto” enxergamos que nos enganamos - e muito - em relação a certas pessoas que passaram por nossas vidas. Se é triste ter que admitir algo parecido? Ah se é, mas fazer o que? Continuar se iludindo é que não. Definitivamente!

Um dia todos nós, sem exceções, nos decepcionamos ou nos decepcionaremos com alguém, ou com nós mesmos. Eu disse sem exceções. Por isso tudo remete a uma grande ilusão. As coisas mudam, não são o que pareciam e você se decepciona. Demoramos, mas passamos a enxergar o lado positivo disso tudo quando nos damos conta de que vivíamos algo falso, construído em areia, quando na realidade todos sabemos que sem vigas de concreto nada se sustenta...

Viva, curta, iluda-se, desiluda-se e decepcione-se. Depois faça tudo ao contrário. Se alguma decepção ou ilusão tiver sido mal interpretada e na realidade for algo verdadeiro, não se preocupe, tudo se encaixará e voltará a seu devido lugar.

Após nos decepcionarmos aprendemos um monte de coisas boas que não nos permitíamos aprender antes. Aprendemos a ter mais paciência, aprendemos a respeitar os espaços dos outros; a nos respeitar como indivíduos únicos e respeitar também a singularidade de quem nos rodeia. É então que amadurecemos. Amadurecidos enxergamos nossas falhas e procuramos corrigi-las, assim nos tornamos pessoas melhores. Fato. Mas isso é extremamente variável, chega para uns cedo; para outros chega tarde. Aprendemos isto também, aprendemos que não podemos apressar o processo de evolução de outras pessoas. Por mais que nos esforcemos para ajudar, o amadurecimento de certas pessoas parece estar pré-estabelecido - coisa do destino, sabe? – e sendo assim, chegamos ao ponto em que não estamos mais dispostos a esperar, sendo desprezados e desrespeitados, e assim desistimos. Pois, por vezes, o amadurecimento chega tarde demais. Se é que um dia chega.

Decepcionados e decepcionantes são apenas alguns personagens viscerais de nossas vidas, os quais devemos enfrentar para chegar em um ponto onde não mais nos deixemos ser abatidos por essas trágicas situações. Portanto, aprenda com SEUS erros, corrija SEUS erros, mas nunca mais tente corrigir os erros de quem não quer amadurecer. Deixe pra lá, um dia essa pessoa irá enxergar e reconhecer o seu esforço e se arrependerá de não ter sido mais compreensiva. Mas arrependimento é uma outra história... Fica pra próxima.

domingo, 4 de abril de 2010

Definições de como ser burro

Como definir o que faz de uma pessoa burra ou inteligente? Incógnitas inquestionáveis e sem respostas aparentes? ...Não...

Uma pessoa que não é burra e tão pouco inteligente é, responderia esta pergunta sem resposta que só deixa quem é desprovido de um razoável quociente de inteligência mais confuso sem saber qual direção rumar, e resultantemente sem a resposta adequada a pergunta feita já na primeira linha de um texto sem qualificação alguma pois, pelas palavras aqui expressas só formou frases incertas tornando mais do que dificil definir o que se esperava ler...tssss....Chega.

Mas eis então que as respostas começam a ser descobertas... Se leu até aqui e não desistiu deve ser porque aparentemnete não é TÃO burro! Mas isso também não quer dizer que seja TÃO inteligente...

Bem, há várias formas de rotular uma pessoa de ignorante ou de esperta, mas nenhuma dessas formas está 100% certa. Digamos que a pessoa nº1 saiba tudo sobre determinado assunto, mas no que diz respeito a outro não saiba absolutamente nada... Estou sendo repetivio demais? Quem sabe o autor desta singela forma de expressão com plena ultilização de palavras, seja burro demais pra falar de forma menos repetitiva, e esta estranha e bela porcaria que vem sendo desenvolvida até então seja uma mera mensagem subiliminar a qual você não vai entender, mas sem mais nem menos agirá de forma mais inteligente ou... Burra, graças as desconvencionais frases de um desconhecido e quem sabe muito ignorante autor que em meio ao nada para se fazer escreveu este texto em alguns minutos expelindo sua forma de pensar sobre certas merdas que outras merdas ainda não haviam pensado em falar sobre merdas mais insensatas e estranhas que essas... merdas!

Repetividade é a essência da burrice, e por isso então devo estar insinuando que todos os seres sem criatividade são burros e definindo segunda minhas própias análises que a criatividade é a essência da inteligência, mas como venho sendo repetitivo em falar de essência, merdas, burrice, inteligência... deve-se concluir que sou burro, e já que sou burro,você apenas perdeu boa parte de seu tempo lendo um texto inútil, mas que de alguma forma teve algo digamos interressantemente burro que te fez ler até aqui.Seu burro... ou... seu inteligente...ficamos sem a resposta esperada devido a burrice de nosso autor...

Será que é burrice falar de si própio na terceira pessoa?!?

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Ilusão

A vida em todos os sentidos é uma grande e completa ilusão. Todo e qualquer ser-humano
mente pra si mesmo, se iludindo com a própia forma de enxergar a vida.

É tão bom ter algo em que se apegar, em que acreditar, ter fé, uma razão,um simples motivo
para seguir adiante. O problema não é esse, na verdade o problema só começa, quando você passa a "fantasiar" como as coisas acontecem, muitas vezes contrariando o que realmente se passa.

Quando o reflexo no espelho não mostra aquilo que você quer ver, o que você passa a enxergar?
Pergunta interessante, resposta curiosa. Você passa a enxergar aquilo que você quer ver! Mesmo que seu subconsciente necessecite "iludir" seu consciente para tal façanha... Ah! mas você vai enxergar o que realmente quer ver... E é aí que o real se confunde com o ilusório, é neste ponto que o otimismo se liberta e faz com que a verdade possa ser distorcida, emaranhada, mudada, recriada.

Dada certa situação, você mesmo diante fatos "incontestáveis" prefere acreditar naquilo que
criou como desculpa para tal circunstância. É claro que sim! Você sempre acredita no que é mais fácil, assim não se magoa com si mesmo; nem com outra pessoa; porém desta forma, moldando o mundo ao seu jeito ao invéz de adaptar-se a ele, só conseguirá adiar o sofrimento gerado por suas própias atitudes -atitudes as quais você nunca admitirá ter tido- e agora libertando o pessimismo, encontrando 1001 culpados para elas. Mas é claro que o único responsável por tudo isso é uma pessoa que você conhece muito bem, ou na verdade pensa conhecer: você mesmo(a)!!!

Difícil não se desvairar em um mundo onde tudo é ilusão, nada é verdadeiro. Em um mundo no qual o que hoje é tido como verdade e amanhã será mentira, por que não se deixar levar pelo aparente?
Por que não viver de acordo com aquilo que passa na sua cabeça?
Reposta: Porque você provavelmente não é esquizofrênico...

Agora que você já sabe que não sofre de esquizofrenia, por que não abrir os olhos para a realidade e parar de viver em seu mundinho utópico-fantasioso? Sim, faço essa pergunta para você. Você mesmo que tá lendo essa merda, que ilusóriamente meu subconsciente me faz pensar ser razoável. Um subconsciente manipulador assim como o seu, igual ao de todo mundo. Um mecanismo de auto-defesa natural do ser-humano. Um paradoxo mental,que para proteger e elevar a auto-estima é capaz de enganar a si mesmo, expondo mais a possibilidades de grandes decepções do que um simples e singelo auto-conhecimento natural, ou ainda o meu preferido:auto-reconhecimento.
A quem tiver entendido... Bem vindo(a)(s) ao mundo real...

quarta-feira, 19 de março de 2008

O cheiro do combustível

Que perfume inebriante possui tal garboso líquido! Tão insosso, porém tão convidativo, por onde quer que passe confortavelmente dentro de um tanque apropriado na lateral de algum veículo,exala seu odor atraindo a atenção da maioria das fêmeas.Parece que ao inála-lo, os níveis de feromônios se elevam em proporções "tripudantes" causando muitas vezes, nas mulheres, efeitos similares a ingestão de ecstasy.

Sua queima polui o ambiente, mas positivamente serve de incentivo para outro tipo de combustão, a do tipo carnal. Aquelas luxúriosas, ardilosas, pecaminosas (...) combustões. Embora sua ingestão direta pelo ser-humano, além de ser nada benéfica à saúde, não desperte nenhum novo sentido ou aguçe os já existentes, o seu cheiro,ah o seu cheiro, esse contribui muito para voluptosas pernoites, seja em locais afastados e escuros, seja em drive-in's motéis,hotéis, matagais, ruas despovoadas e afins!!!...(ufa!)...enfim situações proporcionadas por um belo e inefável perfume...

Muitos "garanhões" pensam ser as suas famosas e conceituadas fragâncias de boutique, ou sua falaz lábia, as responsáveis por atrair as fêmeas ao seu encontro. Pura beatice à si mesmo, pois se não são todos que sabem, pelo menos eu e meus "possíveis leitores" sabemos: é a força de atração exercida estrambóticamente pelo aroma da combustão. Ah o cheiro de alcool...

O roisno grave do motor, o cano de descarga cuspindo fumaça, a arrancada ríspida e bruta, tudo isso fica em segundo plano, pois não passam de meros coadjuvantes comparados ao inamissível aroma do combustível. O ilustríssimo cheiro que vive a vagar por nossas correntes de ar, despertando interesses em uns; repulsa em outros; inegavelmente funciona como um imã para atrair as metálicas mulheres de olfatos apurados e oportunistas. Ah o cheiro de óleo diesel...

Aditivado ou não, combustível é combustível. Os famosos "postinhos" fervem de fêmeas no cio, procurando algum rapaz bem afortunado (não disse bem afeiçoado,geralmente isso não as importa) capaz de lhe prover o conforto e a satisfação de conviverem em meio ao aroma flambante do combustível. Com tantos "benefícios" que estes maravilhosos líquidos inebriantes trazem à espécie humana, não é de se estranhar que muita gente ainda continuará a
deles fazer uso em prol de uma vida "aromáticamente ativa". Ah o cheiro de gasolina...

sábado, 8 de setembro de 2007

Malditas Lembranças...

Ao meu redor vejo gente, que não desfruta o presente, não encaminha seu futuro e só vive de lembranças do passado. É então lançada a pergunta: Isso é vida? Trato logo de respondê-la: eu creio que esta não é uma boa maneira de aproveitá-la; ou então o suicidio seria uma de nossas maiores alegrias...

A maioria das pessoas já deve ter enfrentado situações, em que se via confrontada com o passado de outra. Não falo apenas de fatos "lamentáveis" que preterivelmente "esquecemos", falo também de coisas boas. Bons acontecimentos, relacionamentos proveitosos de seus passados, predominam em suas mentes, muitas vezes impedindo "bons novos acontecimentos" de acontecerem!?! Dessa forma,estes seres vivem esperando por repetições e reconciliações que de fato nunca chegam a acontecer, acarretando em perda de tempo. Ah, o tempo...

Diversas vezes, quem perde tempo é a pessoa que confronta o passado alheio, visto que -ter que competir com as memórias de outra pessoa- além de não surtir muito efeito; pois geralmente os "museus ambulantes" não enxergam o "hoje", é uma ação dolorosa; diante a insistência destas pessoas em viver no passado.

Lavagem cerebral? Sim, é uma opção, mas será que vale usar de atitudes tão drásticas? Não...O melhor a se fazer é aproveitar o SEU presente, planejar o SEU futuro e lembrar do SEU passado, claro sem que ele seja a razão de seu viver. Malditas expeculações! Malditas memórias das quais não me lembro...